Muito do que foi escrito na obra de ficção científica que, futuramente, se tornou realidade de forma assustadora. O termo “Big Brother”, por exemplo, que hoje é associado a um reality show, nasceu nas páginas do livro de Orwell.
Pensando nisso, separámos uma lista com sete tecnologias nascidas nas páginas do romance do escritor inglês e que actualmente, mais de meio século depois, constituem uma ameaça à privacidade e podem ser consideradas uma forma de controlo social.
TELETELAS ESPIÃS
Em “1984”, quase todos os ambientes contavam com um dispositivo chamado “teletela”, que nada mais era que uma espécie de TV que, por um lado enviava imagens de propaganda a quem assistia e, de outro, servia de um instrumento de espionagem, captando tudo aquilo que a audiência estava a fazer.
Os televisores da actualidade não são espiões tão activos quanto os descritos no livro, mas se levarmos em consideração os tablets e notebooks, todos com as câmaras embutidas, temos a sensação iminente de estarmos a ser vigiados. Além disso, recebemos mensagens publicitárias a todo instante e por todos os meios.
BIG BROTHER
Na obra literária, quem está por trás de todo esse controlo é um “Grande Irmão”, conhecido como “Big Brother”. Essa “entidade superior”, na época, era uma metáfora do controlo exercido pelo governo sobre tudo aquilo que a população fazia.
Nos dias de hoje, na maioria das vezes, não são os governos os grandes vilões, mas sim as corporações. Redes sociais e serviços de busca têm um controlo total e absoluto sobre tudo aquilo que pesquisamos na Internet. Essa informação pode ser usada contra nós, criando novas ferramentas “viciantes” que possam induzi-nos a comprar mais ou passar mais tempo diante do PC.
A POLÍCIA DO PENSAMENTO
Se alguma coisa fugisse do controlo do “Big Brother”, ele contava com uma série de aliados para denunciar as pessoas que tivessem feito alguma coisa errada ou contra o sistema. Era a chamada “polícia do pensamento”.
Com câmaras de vigilância em todos os lugares, hoje é praticamente impossível fazer qualquer acção sem que alguma imagem seja gravada de alguma forma. Repare em quantos acidentes de trânsito, por exemplo, aconteceram nos últimos anos que, na hora de descobrir quem era o culpado, alguma imagem de uma câmara de segurança acabou por ser encontrada e denunciou o infractor. Estamos a ser vigiados em todos os lugares.
“NOVILÍNGUA”, A NOVA LÍNGUA UNIVERSAL
Para controlar a história, o governo criou uma nova língua mundial, substituindo palavras como “maravilhoso” e “esplêndido” por “bom mais”, fortalecendo assim a chamada “novilíngua”. Hoje, não podemos afirmar que exista necessariamente uma forma de controlo sobre a língua, mas sabemos que as redes sociais e, principalmente as mensagens de texto, mudaram a forma como escrevemos.
Escrevemos de forma resumida nos SMS. Já deve ter percebido que, em alguns casos, quando escreve de forma correta é visto como desadequado por outras pessoas. A nova língua mundial da internet é recheada de expressões como “LOL” e “OMG”, e não entender qualquer uma delas pode significar a sua “exclusão” da vida digital.
CONTROLO DO PASSADO, PRESENTE E FUTURO
“Quem controla o passado controla o futuro. Quem controla o presente controla o passado.” Um dos lemas políticos lançados no livro mostrava que algumas personagens passavam os dias a alterar registos históricos em jornais e livros, modificando assim a História.
Uma boa parte das informações que consumimos hoje vem de fontes online, que nem sempre são muito confiáveis. A Wikipedia, por exemplo, pode ser editada por qualquer pessoa, e a alteração de um detalhe pequeno histórico pode passar despercebida a muitos leitores, sendo levada adiante como verdade.
PRIVACIDADE NAS COMPRAS? NÃO, OBRIGADO!
Quantas vezes paga as suas compras em dinheiro? Certamente, se mora numa grande cidade, na maioria das vezes utiliza o cartão de débito ou de crédito para efectuar as suas compras. Todas essas transacções deixam um rasto que pode dizer muito sobre a sua personalidade.
Esse aspecto pode também ser encarado com uma alusão à obra de George Orwell, já que em “1984” as pessoas tinham as suas compras limitadas, podendo dispor de apenas alguns itens de extrema necessidade e descartando alguns supérfluos. A tecnologia NFC promete diminuir ainda mais o uso da moeda nas transacções.
TELETELAS NAS RUAS
Se dentro das nossas casas as televisões, os tablets, os notebooks e os PCs se encarregam de nos trazer mensagens publicitárias, nas ruas o mesmo já acontece. Grandes painéis de propaganda, em alguns casos animados, servem como grandes transmissores de informações, o que nos induz a adquirir mais produtos.
No mundo criado por George Orwell, essas mensagens eram recheadas de propaganda de guerra, mas o conteúdo não importa muito. No final das contas, estamos condicionados a receber informações 24 horas por dia e sentimos falta quando isso não acontece.
Conclusão
Mesmo tendo sido lançado em 1949, o livro “1984”, do escritor inglês George Orwell, descreve com exactidão o que acontece décadas à frente do seu tempo. O mundo de “1984” é parecido com aquele em que hoje vivemos. A cada noticia quem vem de países como os EUA sobre a implementação de microchips de controlo, censura de palavras no Google, censura na Internet, logo me vem à cabeça as proféticas palavras e cenários do livro. Este artigo serve de alerta e reflexão sobre os dias actuais.
Fonte: Dvice via Killuminati
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